O ginásio da American Kickboxing Academy onde treina o português André Fialho, é a casa de grandes lutadores como Cain Velasquez, Daniel Cormier, Khabib Nurmagomedov e Luke Rockhold, mas é igualmente uma das academias mais assoladas por lesões. Após a lesão de DC a duas semanas da luta contra Anthony Jonhson, o campeão de Light Heavyweight diz que as "coisas mudaram".
Não é novidade para quem acompanha de perto o UFC, que a American Kickboxing Academy (AKA) já viu os seus principais atletas serem afetados por lesões bastante complicadas. Cain Velasquez esteve mais parado mais de um ano, o mesmo sucedendo com o russo Khabib Nurmagomedov que esteve quase dois anos sem lutar, e mais recentemente Luke Rockhold, que se viu impedido de enfrentar Ronaldo "Jacaré" Souza, num combate que estava previsto para o evento do passado fim de semana em Melbourne. Numa recente entrevista ao MMAHour, Daniel Cormier respondeu aos críticos, que acusam o staff da academia de não implementar um regime de treino suficientemente seguro. "Foram feitas mudanças na AKA. Posso-vos garantir que quando me preparei para a última (seria contra Jon Jones, mas acabou por lutar com Anderson Silva) eu e o Cain Velasquez fizemos algumas mudanças no nosso treino. Funcionou na perfeição para o Cain, ele esteve fantástico contra o Travis Browne, mas para mim, nem por isso", confessa Cormier. "Senti que não estava a fazer tanto quanto devia, e isso mexeu muito comigo mentalmente. Agora, faço muito sparring, corro muito e treino muito. É a única forma de me sentir seguro mentalmente. Uma das componentes mais importantes da competição é sentir que fiz o suficiente para lutar. É assustador sentir que não o fiz". DC revela que sentiu isso contra Anderson Silva no UFC 200. "Quando lutei contra o Anderson Silva, estava apreensivo. Do estilo, será que corri o suficiente, fiz quilómetros suficientes, fiz rounds suficientes. E se há coisa que não deves fazer é questionar a ti próprio. Fui eu próprio que alterei o meu ritmo de treino, com medo de me lesionar, antes de lutar com o Jon Jones. Foi um grande erro e não gostei. Decidi voltar ao que costumava fazer, a treinar o mais duro que conseguir, e esperar que consiga estar nas lutas". Muitos atiram as culpas das lesões para os responsáveis da AKA, dizendo que deveria ser aplicado outro regime de treino. Daniel diz que a culpa é totalmente dos lutadores. "Não é culpa do Javier Mendez (líder da academia). Isto não é a faculdade. Não estamos na escola. Se o Javier disser para eu não fazer sparring, eu vou pensar, ´sim, claro´, e faço sparring na mesma. Faço aquilo que fizer. Somos adultos". Cormier coloca sobre ele próprio a culpa da lesão que sofreu num músculo da virilha. "Eu sou o culpado pela lesão. Não sei porque aconteceu. As decisões são minhas. Se me lesionar, é culpa minha".
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Gonçalo FormigaFã de desportos de combate desde que se lembra, é formado em jornalismo, membro da Team Tora Sesimbra e atleta da CAPMMA. Archives
Novembro 2017
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